Visão das Corujas

As corujas são os animais noturnos que sofreram a melhor adaptação visual para caçarem sua presa com pouca iluminação. Elas podem enxergar perfeitamente até 0.000000008 velas de iluminação, ou seja, as corujas podem enxergar na mais escura das noites, mesmo sem a presença de qualquer fase visível da lua. O olho da coruja se tornou alongado através do desenvolvimento do enorme alargamento da córnea, pupilas e cristalino, que permite maior entrada de luz para uma maior retina, assim as corujas podem localizar suas presas numa distância maior.

Olhos situados frontalmente dão um considerável grau de visão binocular, mas os olhos por eles mesmos são praticamente imóveis, possuindo apenas 1° de movimentação para que a retina não seja sobrecarregada com luz causando “cegueira branca” o que pode acarretar marcas em sua superfície dificultando a exata localização de suas presas.

As corujas precisam girar a cabeça inteira para olharem para os lados, mas elas tem uma habilidade excepcional de girarem a cabeça; a espécie Coruja de orelha (Asio otus, Long-eared owl) é capaz de girar a sua cabeça pelo menos 270º. As corujas compensam a falta de movimentação ocular, girando suas cabeças até 270°. Como o homem, as corujas utilizam sua visão binocular efetivamente, olhando para um objeto com ambos os olhos de maneira a estimar sua posição precisa. Isto é conhecido como o método paralaxe, e se torna mais efetivo quanto maior for a distância entre a córnea e a retina. As corujas maiores têm seus olhos bem espaçados, e parece que as espécies menores, por terem crânios mais chatos, desenvolveram o máximo possível, do ponto de vista físico, um largo espaço interocular.

As corujas podem melhorar ainda mais a sua visão tridimensional por constantemente moverem e balançarem a cabeça. O movimento de balançar a cabeça das corujas pode ser encantador, mas este peculiar comportamento é totalmente baseado no controle visual. Ao balançar a cabeça lateralmente (de um lado para outro) elas estão analisando a largura do objeto, e quando movem a cabeça para cima e para baixo, estão analisando a altura, ao moverem a cabeça em círculos, as corujas estão localizando tridimensionalmente o objeto.

O número de células sensíveis a à luz (bastonetes) na retina é muito alto, e isto aumenta tanto a acuidade visual da coruja em baixos níveis de iluminação. Não é surpreendente que todas as corujas tenham adaptação à escuridão, como ocorre com as espécies brasileiras. As espécies de hábitos noturnos podem apresentar maior concentração de bastonetes variando entre 46.000 e 56.000 por milímetro quadrado. As espécies noturnas podem ser observadas atuando ao longo do dia principalmente no início de seus períodos reprodutivos.

Fonte: www.diariodefalcoaria.com

 

 

 

 

 

 

 

 

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